sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Como surgiu o cinema

Luz, câmara e ação! Seria difícil pensar a nossa vida hoje em dia sem os filmes e o cinema, não é mesmo? Com eles nos divertirmos em nossas horas vagas, nos transportamos para outro mundo, nos emocionamos com as mais variadas histórias, vibramos com nossos heróis e ficamos completamente aterrorizados com fantasmas e monstros de horror. Mas você sabe quando surgiu o cinema e os primeiros filmes? Já ouviu falar de seus inventores?

Foi no final do século XIX, em 1895, na França, os irmãos Louis e Auguste Lumière inventaram o cinema. Na primeira metade deste século a fotografia já havia sido inventada por Louis-Jacques Daguerre e Joseph Nicéphore Niepce, possibilitando esta criação revolucionária no mundo das artes e da indústria cultural: o cinema.



Para se chegar à projeção cinematográfica atual, muitos processos de investigação foram feitos em relação aos fundamentos da ciência óptica. Já vem dos primórdios da humanidade a necessidade de registrar movimentos através de pinturas e desenhos nas paredes. Há aproximadamente sete mil anos atrás, no oriente, os chineses já projetavam sombras de diferentes figuras recortadas e manipuladas sobre a parede, um jogo de sombras, próprio do seu teatro de marionetes.

No século XV, Leonardo da Vinci realizou trabalhos utilizando a projeção da luz na superfície, criando a Câmara Escura, que era uma caixa fechada, possuindo um orifício com uma lente, local destinado a passagem da luz produzida pelos objetos externos. A imagem refletida no interior dessa caixa era a inversão do que se via na realidade. Mais adiante, no século XVII, O alemão Athanasius Kirchner criou a Lanterna Mágica, objeto composto de um cilindro iluminado à vela, para projetar imagens desenhadas em uma lâmina de vidro.

No século XIX, muitos aparelhos que buscavam estudar o fenômeno da persistência retiniana foram construídos, este fenômeno é o que mantém a imagem em fração de segundos na retina. Joseph-Antoine Plateau foi o primeiro a medir o tempo da persistência retiniana, concluindo que uma ilusão de movimento necessita de uma série de imagens fixas, sucedendo-se pela razão de dez imagens por segundo. Plateau, em 1832, criou o Fenacistoscópio, apresentando várias figuras de uma mesma pessoa em posições diferentes desenhadas em um disco, de forma que ao girá-lo, elas passam a formar um movimento.

Criado pelo francês Charles Émile Reynaud o Praxinoscópio foi um invento importante para o surgimento do cinema. Este aparelho era um tambor giratório com desenhos colados na sua superfície interior, e no centro deste tambor havia diversos espelhos. Na medida em que girava-se o tambor, no centro, onde ficavam os espelhos, via-se os desenhos se unindo em um movimento harmonioso. Dentre outros inventos, há o Cinetoscópio, inventado por Thomas A. Edison, que consistia em um filme perfurado, projetado em uma tela no interior de uma máquina, na qual só cabia uma pessoa em cada apresentação. A projeção precisava ser vista por uma lente de aumento.




Em 1890, Edison projeta diversos filmes de seu estúdio, aos quais encontra-se "Black Maria", considerado o primeiro filme da história do cinema. É a partir do aperfeiçoamento do Cinetoscópio, que o Cinematógrafo é criado pelos irmãos Louis e Auguste Lumière, na França, em 1895. O cinematógrafo era ao mesmo tempo filmador, copiador e projetor, e foi considerado o primeiro aparelho realmente qualificado de cinema. Louis Lumière foi o primeiro cineasta a realizar documentários em curta metragem na história do cinema. O primeiro se intitulava "Sortie de L’usine Lumière à Lyon" (Empregados deixando a Fábrica Lumière), e possuia 45 segundos de duração. Neste mesmo ano de 1895, Thomas Edison projeta seu primeiro filme, "Vitascope".

O americano Edwin S. Porter, apropriou-se dos estilos documentarista dos irmãos Lumière e os de ficção com uso de maquetes, truques ópticos, e efeitos especiais teatrais de Georges Méliès, para produzir "Great Train Robbery" (O grande roubo do trem), em 1903, um modelo de filme de ação, obtendo êxito e contribuindo para que o cinema se popularizasse e entrasse para a indústria cultural.

A indústria cinematográfica atual é um mercado exigente e promissor para diferentes áreas do saber. Não são apenas os atores e atrizes que brilham nas cenas que são apresentadas a um público local e internacional, pois a realização de um filme precisa englobar uma equipe de trabalho.

Na construção e realização de um filme existem os seguintes profissionais: o "roteirista" que escreve a história e as narrativas dos personagens, ou melhor, os diálogos; o "diretor" que tem a função de coordenar, direta e indiretamente, o trabalho de todas as pessoas envolvidas com o filme, da concepção à finalização; o "diretor de fotografia", um profissional de artes visuais com sensibilidade e competência para decidir como iluminar uma cena, que lentes serão melhores para determinados ângulos, o tipo de filme a ser rodado, entre outras atribuições; há quem seja responsável pela trilha sonora do filme, que é o "compositor musical", ele é quem fica responsável por contribuir para o clima pretendido pelo diretor; O "produtor" é a pessoa ou grupo de pessoas que se encarrega de viabilizar a realização do filme, buscando patrocínios e parcerias, e ainda, tratando da parte burocrática que envolve toda a equipe.



Há também uma equipe de técnicos/especialistas que são fundamentais junto aos profissionais já apresentados, que são: o "técnico de efeitos especiais" cuja tarefa é realizar efeitos visuais e sonoros às cenas já filmadas, inclusive utilizando inserção de efeitos posteriores por computador; o "técnico de som", que cuida dos diferentes microfones durante as gravações, cuidando para que só haja a captação do que se julgue essencial; o "operador de câmera" que fica responsável por focar os ângulos solicitados pelo diretor; e os "editores" ou "montadores", que trabalham numa ilha de edição, juntos com o diretor ou orientados por um mapa organizado pelo próprio diretor, onde se encontra organizados as cenas, os sons, a trilha sonora, entre outros parâmetros qualitativos e quantitativos de finalização do filme. Outros profissionais como coreógrafos, figurinistas, e maquiadores são essenciais em determinadas produções.




Cinema no Brasil

Apenas seis meses após a invenção do cinematógrafo na França, já eram feitas no Brasil as primeiras projeções de filmes. A primeira exibição foi em 8 de julho de 1896. Poucos países no mundo demostraram tanto interesse e tanta capacidade de assimilação da invenção dos irmãos Lumiére.
A produção cinematográfica brasileira, no início do século chegou a números impressionantes. Em 1909 foram rodados cerca de 100 filmes no Brasil, entre documentários, cine-jornais e filmes de ficção.
De lá para cá o nosso cinema só parou duas vezes:
- A primeira em 1914, por falta de negativo, durante a I Guerra Mundial;
- E a segunda por ausência de caráter, nos anos Collor, quando foi promulgada uma verdadeira vendeta contra o setor cultural nacional como um todo e o cinema em particular.
O primeiro grande diretor foi Humberto Mauro, com a sua obra: Ganga Bruta. Depois vieram Mário Peixoto, Joaquim Pedro de Andrade, Nélson Pereira dos Santos, Carlos Diegues, Leon Hirszman, Gláuber Rocha, Paulo César Sarraceni, etc...
No início da década de 1960, aconteceu um movimento cinematográfico - chamado de Cinema Novo.
Em 1990 o Brasil entrou em uma séria crise de produção e fechou suas portas. Mais tarde, voltou com filmes que foram indicados à Palma de Ouro, e alguns até mesmo ao Oscar, como por exemplo: "O Pagador de Promessas", "O Quatrilho", "O Que é Isso, Companheiro?", "Central do Brasil" e "Orfeu".
CINEMA NOVO
O Cinema Novo se opunha ao populismo das chanchadas e às produções que imitavam o cinema estrangeiro.O movimento sugeria que se criasse um estilo autenticamente nacional, onde se colocassem em discussão a realidade econômica, social e cultural do país.
Os filmes desse período não tiveram sucesso popular, pois não foram financiados, mas tiveram alto nível artístico. Os mais importantes foram: Vidas Secas, de Nélson Pereira dos Santos; A Hora e a Vez de Augusto Matraga, de Roberto Santos; Terra em Transe, de Gláuber Rocha; e Opinião Pública, de Arnaldo Jabor, entre outros.


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